domingo, 26 de abril de 2009

A idéia central nasce em decorrência da ditadura...

Somos oriundos do Norte de Portugal, o verdadeiro Portugal, aquele ainda caracterizado por bravura, maestria, aquele Portugal da aldeia, dos homens que laboram dia-a-dia e das mulheres fortes, de coragem.

Não sou separatista. Mas diria que o que advém abaixo de Lisboa anda a corroer-se nas brumas da serviência e da inércia de ser apenas subserviente e oprimido, sem questionar, preferindo a prostitiuição de valores ao invés do caráter que provém do berço desde Portus Cale.

Foram com essas características que minha família de origem trasmontana e minhota, resolveram afivelar as malas e fugir da ditadura salazarista que assolava o país já em princípios da década de 1930. Aportaram no Brasil, na América. Aqui nasci décadas depois. Mas no meu coração, sempre existiu e existirá o amor por Portugal - não parodiando e furtando as frases da música cantada por Dulce Pontes, no Euro-2004.

O meu 25 de abril aconteceu em duas etapas: quando nasci em setembro e nove anos depois, quando descobri o que é ser portista, o que é ser nortenho.

Como me tornei portista, um dragão?

Vários fatores, além da origem familiar, geograficamente falando, contribuiram para isso. Homens como Pinto da Costa, quando assumem o FCP que estava em frangalhos. Homens como o grande Pedroto, que literalmente, foi um mercador na arte de azeitar máquinas dentro do relvado. Homens como o eterno João Pinto, o valente Inácio, o sensacional Fernando Gomes. Rapazes endiabrados como o argelino Madjer ou ainda, a máquina gelada que atendia pelo nome de Emil Kostadinov, fora outros e outros nomes.

Ser portista, é ser democrático, é respeitar as diferenças e ser globalizado.

Um comentário:

  1. Caro "Madjer"!

    É um privilégio para mim, ler o que o amigo escreveu neste post! Parabéns por tudo!

    E já agora dizer-lhe que o seu blog, implantando em S.Paulo-Brasil, é muito importante para todos nós Nortenhos e Portistas!

    O meu amigo está de parabéns duplamente!

    Tenha muita saúde, bem como a sua familia e continue nesta "luta" pelo maior Clube Português, porque todos, somos poucos para engrandecer o nosso Clube, que também luta contra o centralismo e contra a capital do império falido!

    Um Grande Abraço,

    Renato

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